quinta-feira, 21 de setembro de 2017

GARANHANI


FICHAMENTO DE CITAÇÃO
Do texto: , Marynelma Camargo. A docência na educação infantil.
“Todavia, em casa campo e contexto, a consciências da mutabilidade, historicidade e relatividade dos conceitos, papéis e funções sociais e profissionais não impede – antes exige – que, no tempo e no contexto em que se vive, sejamos capazes de a ler com clareza possível à luz do conhecimento e dos referentes disponíveis”.  (Página 186)

“Há, portanto, uma indivisibilidade de saberes e práticas que acabam por colaborar com a ideia ainda vigente no senso comum de que, por serem saberes e práticas naturais da mulher, são caracterizados como complementares, de ajuda ou acessórios; o que contribui para a sua desvalorização” (Página 188)

“[...] é possível conceituar o saber docente como o conjunto de saberes que o professor possui não só no que diz respeito aos conhecimentos produzidos que ele transmite, mas também, ao conjunto de saberes que integram sua prática e com os quais ele estabelece diferentes relações” (Página 189)
“[...] nas crenças predominariam a elaboração mais ou menos fantasistas e a falta de confrontação com a realidade empírica. No conhecimento mais elaborado de natureza prática predominariam os aspectos experienciais. No conhecimento de natureza teórica predominaria a argumentação racional”. (Página 191)
“Trata-se, dessa vez, porém, de dominar uma relação e, não, uma atividade: a relação consigo próprio, a relação com os outros; a reação consigo próprio através da relação com os outros e reciprocamente. Aprender é tornar-se capaz de regular essa relação”. (Página 192)


“Considerar o professor como um analista simbólico significa encará-lo como um solucionador de problemas, em contexto marcados pela complexidade e pela incerteza, e não como alguém capaz de dar as respostas certas a situações previsíveis. Os analistas simbólicos são especialistas na identificação”. (Página 193)
“O professor exerce uma atividade profissional, marcada pela relação face a face quase permanente com o aluno. A natureza da sua atividade se define tanto por aquilo que ele sabe como por aquilo que ele é”. (Página 193)
"Ser professora da educação infantil, como profissional da relação, é entender que toda a criança tem um corpo e uma história que se relaciona com o seu corpo e com a sua história pessoal”. (Página 194)
“Mais do que um reprodutor de práticas, o professor é um inventor de práticas, reconfigurando as de acordo com as especificidades dos contextos em que atua e das pessoas com as quais interage. ” (Página 194)
“Ao aprender o como um processo de hominização, não se pode compreendê-lo como o resultado de um processo cumulativo de informação, mas sim um processo de seleção, organização e interpretação da informação a que cada um estar exposto. O professor é mais do que transmissor de informações, ou seja,  o professor é um construtor de sentido.” (Página 194)
“A diversidade de tarefas vai desde o cuidado da criança – bem-estar, higiene, segurança – à educação entendida como socialização, desenvolvimento, aprendizagem e apropriação de diferentes linguagens por meio de atividades lúdicas e expressivas. ” (Página 194)

“Penso que a professora que atua com criança pequena é uma profissional especial e poderá ser excelente profissional se for capaz de ter atitude de investigadora e se questionar constantemente. ‘A capacidade de um professor de construir a sua prática ou de a modificar reside na sua capacidade para a analisar’. Então, esse perfil poderá ser possível se a formação docente contemplar o desenvolvimento de atitudes de investigação. As atitudes de investigação são atitudes que mobilizam a vontade de sempre conhecer e analisar, um desejo constante de questionar, uma disposição pessoal para elaborar e a disponibilidade em socializar os não saberes e as práticas bem-sucedidas. ” (Página 196)

POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA



          É evidente a necessidade da formação do educador para descontruir muito do que o senso comum tem, ao longo dos tempos, cultivado como discriminatório o relacionamento da sociedade em relação às pessoas com deficiências “mais evidentes”, sim, “mais evidentes”, porque a partir do momento que nós mesmos concluímos que ninguém é perfeito, consequentemente podemos também afirmar, todos nós temos alguma deficiência, porém, são discriminadas aquelas que são evidenciadas na sociedade, triste.
        Inicio desta forma crítica apenas para chamar a atenção da importância do aprofundamento dos estudos à cerca das práticas discriminatórias e de exclusão, principalmente em nosso campo de formação que são as escolas, que deve atender a todos e está diretamente envolvida no processo educativo de todos.

        Nesta perspectiva, podemos contemplar no texto iniciativas por parte do poder público, onde o Ministério da Educação / Secretaria de Educação Especial apresenta a Política Nacional de Educação Especial numa visão de uma Educação Inclusiva e menos discriminatória, que possa despertar e tornar mais ativa a visão de equidade da sociedade. Apresenta seus marcos e diagnósticos históricos e busca sistematizar e assegurar legalmente o direito de todos, porém não é uma receita de comportamento, daí a necessidade da apropriação de todos da conscientização para que isso se reflita na reconstrução de uma nova cultura de comportamento.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

POLÍTICA, A ALMA DO ESTADO

 Em um momento político tão “vergonhoso” onde estão aqueles que conclamaram a justiça com seus argumentos tão estudados, cheios de justificativas legais e que se anunciavam como um clamor pela justiça, anunciavam o fim para um período negro de corrupção, se apresentavam em discursos que pareciam anunciar novos tempos, cheios de espírito de justiça para com o povo, emocionados discursavam para a massa, “fora Dilma”, “pedaladas é crime”, onde estão aqueles intelectuais juristas do direito que parecem usar sua alma para defender a justiça, sumiram todos, os larápios estão às claras, tudo de mais baixo e orrendo visto por todos. Onde estão? Não veem mais nada? Os discursos cessaram, o fôlego se foi, o espírito de justiça calou-se, porque? O roubo está explícito, tudo às claras, mais os discursos já se distorcem, as interpretações daquilo que é visto querem amenizar o peso na consciência do autor e da massa, fazê-la calar, criar um senso comum que perdoa, se fazerem de desentendidos e, quem sabe esquecerem de tudo.
E a justiça, o que é? Interpreta perdoa e condena de acordo como ruma o comportamento da sociedade, como reagem aos acontecimentos, como vão se acomodando com os fatos, um passo de cada vez ai, vão tornando ao poder aquela classe, como muitos anos atrás, como já ditos por grandes autores na história que a esquerda só fica no poder enquanto eles querem, eles, as burguesias, as diversas classes que rodeiam o Estado como urubus na carniça, deles se privilegiam, usurpam e tiram todo o proveito, não criam um Estado para si pois este os suprem, e mesmo sendo explorado se mantem estruturado com sua ossatura própria, ora é o sujeito, ora é o objeto e por vezes apenas um apêndice nessa relação de uso e de exploração em benefício próprio. É forte e se mantem de pé, o Estado é assim porque é formado pela maior força que é o povo, a massa, mais também a maior vítima do próprio Estado.
A relação Estado e povo tem uma alma, a política, que tem diversas faces, representando a face de todos aqueles que dela participam, em especial da massa, do povo com suas diversas culturas. Nessa política se alojam todas as estratégias das relações entre o povo e próprio Estado guiados por uma epidemia que surgiu e nunca mais desaparecerá, o capital, que influencia a cultura, as ideias, as relações, a justiça, as classes, as leis, as relações, as decisões e que muitas das vezes está acima dos valores do próprio povo que o gera, esse mesmo capital que às vezes coloca o Estado como um apêndice em meio a toda essa relação.
A política que rege toda essa relação é reflexo das cabeças de cada um que constitui a massa, das famílias, dos grupos, das sociedades, das classes que lutam e lutam e muitos não sabem nem o objetivo dessa luta. A política que é reflexo da alma de cada um se reflete como a alma do Estado.



domingo, 7 de maio de 2017

Ensino Médio

Ensino Médio
     Partindo do princípio de que a educação acontece em todo o âmbito social e ela está para os sujeitos nas perspectivas em que estes abordam o conhecimento. A educação escolar é delineada pelas leis, diretrizes, currículos e projetos pedagógicos que são gestados pela direção escolar e por fim buscam concretizar-se em sua relação direta com o aluno através do professor/educador. 
        Tomando como foco o Ensino Médio, que é denominado assim por se encontrar numa posição mediana do percurso da vida escolar, e é onde se reafirma e se conclui todo o aprendizado do ensino fundamental obrigatório por lei, atingindo normalmente alunos na faixa etária entre 16 e 19 anos de idade, numa fase adolescente que não se pode deixar de citar as evoluções hormonais que o corpo humano sofre e que chegam a repercutir no comportamento dos jovens. Nessa etapa do ensino é onde encontramos principalmente dois viés da formação educacional que dão segmento no aprendizado escolar.
Uma das opções a serem tomadas como caminho na educação escolar é a de seguir um ensino propedêutico se caracterizando pelo estudo da das artes, filosofia e que prepara para um maior conhecimento de mundo, desenvolvendo o senso crítico e dando uma visão mais ampla das sociedades e dos sujeitos, reforçando todo o estudo e preparando para o exame nacional do ensino médio, que é o principal meio para adentrar a vida acadêmica, este estudo impulsiona o aluno para uma continuação dos estudos na carreira acadêmica.
        Outra opção do aluno que inicia o ensino médio é o veio da proficiência, que por sua vez, se volta para preparar o aluno para o mercado de trabalho de maneira mais imediata visando qualificar o aluno durante o ensino médio em uma profissão de nível técnico, dentro de uma pedagogia mais tecnicista, possibilitando o impulsionamento dos meios de produção quando o mercado tem a necessidade de mão de obra qualificada.           Nesse sentido abre-se um parêntese para a crítica do nosso contexto social que apresenta índices elevados de desempregos, o maior do últimos 10 anos e que, se implementado como prever a Reforma do Ensino Médio...

sexta-feira, 21 de abril de 2017

A EDUCAÇÃO COMO POLÍTICA PÚBLICA DE CARÁTER SOCIAL

Definir a Educação e política, como estas inicialmente se caracterizam em nosso contexto social, perpassando diversas esferas para a formação social, cultural e política para definir o próprio sujeito e permite reflexões por diversos segmentos.
A educação formal passa a ter as características dos moldes atuais a partir dos séculos XVI e XVII, com o fim do feudalismo, a Revolução Francesa, a industrialização e o alastrar do capitalismo além de outros acontecimentos históricos que influenciaram definitivamente o modo de vida social, alterando o tipo de educação que passa a necessitar de novos modelos para se adequar ao seu contexto, inicialmente nas sociedades europeias e hoje se encontra na maioria dos países ocidentais, passando por uma educação eclesiástica no período medieval depois uma educação pública religiosa, porém de caráter nacional. Com a Revolução Francesa, pelos fins do século XVIII, o Estado organiza a educação para seus próprios fins com uma educação de súditos, de caráter militar, com a formação do cidadão com uma educação elementar, popular, primária e cívica.
O Estado passa a ser provedor da educação para a massa, aparentemente, existe o interesse por parte do Estado em educar o povo, não deixando este de priorizar um idealismo que beneficia a própria classe dominante, que necessita de mão de obra mais qualificada para suprir suas necessidades desse novo modelo econômico em que o mercado se instaura,  diante da inflamada ascensão do modo de produção capitalista e seu perfil de acúmulo de capital, em  um discurso, ilusoriamente social, de que seria o provedor da educação para o povo.
Com a participação cada vez maior do povo no governo da nação, surge a educação pública democrática que se apresenta em nossos dias, buscando a melhoria das condições de vida nos diversos setores da sociedade para terem acesso aos bens e serviços, com isso, originando disputas de classes onde as menos favorecidas buscam minimizar ou eliminar as relações de exploração por parte das classes dominantes, buscando uma educação universal e que não seja exclusividade das classes dominantes, classes que por sua vez, dominam o Estado formando uma “teia de interesses” em todos os níveis buscando manter a hegemonia da própria classe burguesa e faz da política educacional um instrumento de dominação.
Nesse contexto econômico capitalista e de regime político-democrático, é que se apresenta uma educação gestada pelo Estado com um caráter social, onde diversos atores das diversas classes sociais participam dessa política e buscam por meio de regras pactuadas e ideologias de classes, dentre outros delineadores, a implementação de políticas educacionais mais adequadas as sociedades modernas e contemporâneas sob o capitalismo e a democracia, conforme a ênfase dada pelo governo na gestão social, que vai desde uma posição liberal conservadora a uma posição social-democrática.
O caráter social da educação, de proporcionar vida digna e oportunidades para todos, passa a ser mera propaganda ou objeto de barganha do governo para minimizar conflitos, criando argumentos burocráticos para limitar ou deixar de acontecer e favorecer o mercado capitalista, que nos moldes que se encontra só interessa a classe burguesa. O caráter social da educação para a formação do sujeito como sujeito na sua relação com a sociedade e com o mundo, como “dono de seus atos”, consciente da história que há muito faz parte e consciente de que pode melhorar a sociedade para si, para o próximo e para seus descendentes, é a verdadeira educação de que todos da sociedade precisam, fugindo da dominação e da alienação a que é subordinado, aprendendo só aquilo que querem que ele aprenda, condicionando o sujeito ao próprio interesse de formação de mão de obra e de gerador de lucros para sustentar a burguesia.
Cabe sempre uma nova reflexão onde podemos questionar: “será que os sujeitos que agora estão no governo administrando o Estado não receberam uma educação que possa conscientiza-los de suas responsabilidades sociais?”, “será que o capitalismo corrompe a essência do sujeito?”, “qual educação é a mais indicada para que se tenha de fato a educação como política pública e caráter social e na sua melhor qualidade?”, “que educação cabe em nosso contexto para a melhor formação do sujeito?”, são questões complexas que perpassam por pesquisas de clássicos educadores e demais estudiosos da educação e se apresentam com características específicas cada uma ao seu tempo.

domingo, 2 de abril de 2017

AS MODERNAS FERRAMENTAS DE IDEOLOGIA NA SOCIEDADE ATUAL



Em um país onde a leitura a respeito da sua própria história e constituição cultural, educacional, política e social é precária ou quase inexistente, onde a educação recebe um rótulo de suficiente, percebemos sua insuficiência nos resultados práticos sociais definidos pelo próprio sujeito diante da sua sociedade. Considerando como os meios sociais de comunicação ocupam o tempo das pessoas inculcando uma cultura de consumismo e relacionando avanço econômico com evolução do sujeito, modernidade com satisfação, pregando uma ideologia de acúmulo privado de capital e de eterno consumismo desenfreado que só alimenta o capitalismo, cultuando o eterno futuro promissor e priorizando uma educação voltada ao industrialismo e tecnologias, não equilibrando com uma educação própria literária, histórica, filosófica, religiosa ou mesmo social, onde consome o tempo do individuo que se esvai sem que o mesmo perceba.
Uma sociedade sem a devida educação cria indivíduos que não conhece a própria formação da sua história, como se constituiu, não só em seu espaço físico más em sua cultura e como se formaram seus conceitos, conceitos da sua própria vida, institui na sociedade os pré-conceitos, por falta do conhecimento, se criam costumes sem valores éticos, morais, e passa a questionar até a qualidade desses valores. Isso acarreta em desconhecer os motivos que tornam a sociedade aquilo que representa nos dia de hoje, e a sociedade sem consciência se compara-se a um barco a deriva, sem orientação, e esta orientação fica a cargo de uma classe ou daqueles detentores do conhecimento, ou de uma minoria que conspiram para serem detentores do acesso ao conhecimento e manipulam e usam as oportunidades para domínio e hegemonia da massa social.
Uma sociedade sustentada pela disseminação de mídias controladas, tendenciosas e que inculcam a massa objetivando suas manobras, a deixa numa estressante rotina, correria e pressionados por um sistema capitalista de concorrência entre si, que privilegiam uma educação ilusoriamente direcionada ao social e predominantemente com o perfil capitalista de econômico que serve apendas para sustentar seus interesses, desfalecendo e suprimindo da grande maioria os valores e características que engrandecem o sujeito em si mesmo, com visão de mundo e princípios de sua própria formação.
A política educacional pública de caráter social passa a ter fundamentação material alicerçada no capital, que é visto como solução para todos os problemas sociais, sendo assim, configurando uma retroalimentação da ideia de produção e acúmulo de bens, que, por sua vez supriria as necessidades do sujeito em sua totalidade, características subjetivas do espírito humano, a ética e a moral sofrem alterações e princípios do conhecimento de si próprio passam para um segundo plano, num processo onde o social é envolvido pelo econômico e o investimento social depende do poder do capital.
A ideologização se dá à partir do momento que o indivíduo não tem toda a visão necessária no seu âmbito de formação e não tem o direito de escolha, pelo fato de não conhecer outras opções no seu processo educativo, fica refém do mercado capitalista e inculcado por uma ideologia de progresso, avanço e realização simplesmente numa perspectiva financeira construída por uma ideologia tendenciosa.


sexta-feira, 31 de março de 2017

O ESTUDO DA POLÍTICA DA EDUCAÇÃO  PARA A PRÓPRIA EDUCAÇÃO



A proeminência relevante da Filosofia na dialética da pedagogia com as demais ciências que participam do contexto na análise da Política Educacional, vista como política pública social, fundamentando-se na afirmação de que todos somos filósofos e que, cada filosofo o faz em seu contexto, torna-se necessário mediante a percepção e o entendimento das medidas à serem adotadas nas Políticas Educacionais afim de que tenham características de âmbito social.
Evidenciando o contexto de influências, textos e práticas como dimensões que constituem, materializam e consolidam tais políticas, percebemos a necessidade da investigação clara e neutra - o que pode não ser considerado possível, tendo em vista a participação do sujeito investigador neste processo - para se identificar as condições, espaço, relações e o real meio em que se fundamentam a realização da política educacional. 
Os textos por sua vez, necessitam de clareza, objetivismo e especificidade a fim de se evitar brechas, lacunas para distorções de suas definições ou dupla interpretação que possa servir ou influenciar para uma implementação errônea, diferente das expectativas  reais para a qual foi desenvolvida, distorcendo assim seus verdadeiros objetivos.
A materialização de uma política educacional, que geradas dentro da esfera do Estado e geridas por seu governo e suas malhas burocráticas, vão se definir na prática, nos “braços” do gestor educacional como consolidador de tais políticas, transformando em resultados que retornam como indicadores da qualidade e eficiência de tais políticas, constituindo um processo dialético, juntamente com os diversos atores, para a manutenção, aperfeiçoamentos ou rompimentos com tais políticas, se consolidando numa conjuntura que se comunica nas esferas, política, econômica e social, com influências cientificas, jurídicas, culturais ou de cunho religioso, merecendo os ajustes necessários para adequação a essas diversas características sociais.



Alberto Gomes da Silva.

quinta-feira, 30 de março de 2017

A EDUCAÇÃO COMO POLÍTICA PÚBLICA DE CARÁTER SOCIAL



A Educação é um tema que sofre influências de inúmeros fatores e se materializa na sua relação com sujeito, pois faz parte da sua própria constituição, perpassa diversas esferas numa formação social, cultural e política para satisfazer as necessidades do sujeito e permitindo reflexões por diversos segmentos.
A Educação formal nos moldes atuais e que veio a se evidenciar nos séculos XVI, XVII, com o fim do feudalismo, com a Revolução Francesa e o alastrar do capitalismo impulsionado pela industrialização passou a necessitar de novos modelos para se adequar ao contexto social da época.
Tal complexidade se dá também pelo fato de o Estado passar a ser provedor da educação para a massa, más, ilusoriamente, considerando duas visões opostas, de um lado existe o interesse por parte do Estado em educar o povo, onde não podemos deixar de pensar no idealismo do benefício próprio da classe dominadora, que necessita de mão de obra mais qualificada para suprir suas necessidades nesse novo modelo econômico em que o mercado se instaura e diante da inflamada ascensão do modo de produção capitalista e seu perfil de acúmulo de capital, usando de um discurso, ilusoriamente social, de que seria o provedor da educação para o povo.
Nessa relação de poder e administração é que o Estado passa a prover a política educacional, originando desde então, acirrada luta em busca de conquistar espaço e se livrar das características de exploração por parte das classes dominantes e que ao longo do tempo, tal educação galga espaço para deixar de ser exclusividade dessa classe, onde por mais que sejam criadas as leis, sofrem as interpretações de modo a favorecer os interesses de uma classe burguesa que se alia e passa a ser o próprio Estado, se apoderando do poder, criando uma “teia de interesses”, em todos os níveis, buscando a manutenção e hegemonia da própria classe burguesa, se apoderando do governo e fazendo do Estado um instrumento de dominação.
O caráter social da educação passa a ser mera propaganda ou objeto de barganha do governo para minimizar conflitos, criando argumentos burocráticos para limitar ou deixar de acontecer e favorecer o mercado capitalista, que nos moldes que se encontra só interessa a classe burguesa. O caráter social da educação para a formação do sujeito como sujeito na sua relação com a sociedade e com o mundo, como “dono de seus atos”, consciente da história que há muito faz parte e consciente de que pode melhorar a sociedade para si, para o próximo e para seus descendentes, é a verdadeira educação de que todos da sociedade precisam, fugindo da dominação  e da alienação a que é subordinado, aprendendo só aquilo que querem que ele aprenda, condicionando o sujeito ao próprio interesse de formação de mão de obra e de gerador de lucros para sustentar a burguesia.

Cabe sempre uma nova reflexão onde podemos questionar: “será que os sujeitos que agora estão no governo administrando o Estado não receberam a educação nas suas melhores representações?”, “será que o capitalismo corrompe a essência do sujeito?”, “qual educação é a mais indicada para que se tenha de fato a educação como política pública e caráter social e na sua melhor qualidade?”, “que educação cabe em nosso contexto para a melhor formação do sujeito?”, são questões complexas que perpassam por pesquisas de clássicos educadores, pedagogistas e filósofos da educação e se apresentam com características específicas cada uma ao seu tempo.


Alberto Gomes da Silva.

quarta-feira, 15 de março de 2017

O SUJEITO



Este texto vem descrever um pouco dos pensamentos provocados a partir da aula dada em que se intitularam os questionamos: Quem é o sujeito? Para que sociedade? Que educação? Remete-nos a um planejamento necessário para esta educação, que é o papel principal da Pedagogia e isto a faz responsável por planejar e executar um projeto educativo, levando-se em conta os parâmetros, recursos existentes, probabilidades infinitas por se tratar de seres humanos e sociedade, com isso percebe-se também o tamanho da responsabilidade do pedagogo em uma formação intelectual, em uma educação ideal estabelecida como objetivo.
Com base no texto do Prefº. Paul Fauconnet, traduzido pelo Prefº. Lourenço Filho, nos foi repassado pela Prof.ª Ilzeni de Sociologia da Educação como material de leitura, percebe-se na filosofia de Émille Durkheim sobre como se dá o processo pedagógico na sociedade, mas que esse princípio parte do desenvolvimento do sujeito, como um trabalho íntimo e individual e o resultado refletido no seu contexto social, sem aprofundar muito esse contexto e voltando para o foco filosófico, vemos também que o espirito de disciplina, abnegação e o de autonomia fundamenta por ele a constituição moral do sujeito.
O pedagogo é um pensador das estratégias que podem ser usadas na administração dos conhecimentos adquiridos com seus estudos e sua formação acadêmica. Não desconsiderando o constante filosófico a que este está submetido quando pensador dos processos educativos presentes na sociedade, sim não de uma educação, mais das educações inúmeras, estudando e refletindo a todo instante, diante de todos os pequenos acontecimentos, comportamentos, informações, algo que foi dito ou algo que ocorreu no meio social em que vive ou para o qual proporcionará formação adequada do sujeito.
Contudo percebe-se o tamanho da responsabilidade do pedagogo no pensar e desenvolver as educações e consegue-se perceber e concluir que a base, referência, o alicerce para fundamentar o conhecimento está na constituição moral do indivíduo, e esta por sua vez amarrada desde o início dos tempos aos conceitos religiosos e suas crenças de verdade e amor que servem de base para o desenvolvimento da educação, do conhecimento, a descoberta das questões, "quem sou? De onde venho? Para onde vou? " Que se tornaram o motor de partida para todo o raciocínio elaborado e pensamentos que surgiram, com novos questionamentos, a cada necessidade que se faz para elaboração de novas educações e desenvolvimento dessas educações como as vistas na aula da Prof.ª Ildete: Quem é o sujeito? Para Que Sociedade? Que educação?  A professora mostra uma ideia de como se trabalha criando novos multiplicadores de multiplicadores de pensamentos e ideias que não são ensinadas, somente demonstradas como referências no raciocínio, mas, afirma que as educações são feitas a cada instante da vida, a cada momento pensado, naquele meio, naquela sociedade e com os recursos ali disponíveis para alcançar o mais próximo de cada objetivo.
Procurou-se iniciar-se neste segundo texto o embasamento cientifico, pois as ideas ainda muito soltas, e um espirito muito encantado com toda a nova vida acadêmica, buscando observar as técnicas pedagógicas utilizadas que levam a estudar o estudo, o processo de aprendizagem intima e a identificação clara que acontece com os autores dos materiais didáticos utilizados. Muito bom tudo isso.


Alberto Gomes da Silva.


TRAGÉDIA MATEMÁTICA



Nas folhas tantas de um livro matemático, um Quociente apaixonou-se loucamente por uma Incógnita.Ele, o Quociente, produto notável de uma importantíssima família de Polinômios e ela, uma simples Incógnita de uma mesquinha equação literal.Mas, como todos sabem, amor vai de mais infinito à menos infinito, amor não tem limites nem derivados.Foi numa maravilhosa noite de primeiro diédro de setembro que ele a encontrou, ela, numa secção circular no meio de inúmera inequações, punha-se em evidência com o seu vestido linha-trapézio, ele a olhou de vértice à base, de todos os ângulos possíveis e impossíveis, agudos e obtusos, uma figura ímpar, olhar rombóide, boca trapezóide e corpo ortogonal.- Quem és tu? Perguntou ele numa ânsia radical e, ela com uma expressão algébrica de quem ama, respondeu docemente:- Sou a raiz quadrada da soma dos catetos, mas pode me chamar de Hipotenusa. Fez de sua vida uma paralela à dela, até que se encontraram no infinito e se amaram ao quadrado da velocidade da luz, numa sexta potência, traçando ao sabor do momento e da paixão retas, curvas e linhas convencionais nos jardins da quinta dimensão.Ele a amava e, a recíproca era verdadeira e, por um teorema anterior concluiu-se que eles se adoravam numa proporção direta em todo o intervalo aberto da vida. Finalmente resolveram se casar, convidaram para padrinhos o Poliédro e Bissetriz e tiveram dois diametrozinho muito engraçadinhos.Depois de casados, quando se conheceram mais, descobriram que eram primos entre si, ela já havia sofrido quatro operações e algumas simplificações mas continuava bela e esbelta. Foi então que apareceu ele, o Máximo Divisor Comum e, ofereceu à ela uma grandeza absoluta e a reduziu a uma simples fração e a mais ordinária. Ele, o Quociente, consciente dessa regra de três, viu que não formava mais um todo e sim uma unidade, lançou de seu 45°aplicou a solução final.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Capitalismo

O Capitalismo é um indefinido meio em que vivemos e estamos fadados a esse sistema que nos draga constante e incessantemente em nosso dia a dia, que nos dá relógios más nos tira o tempo; dá sonhos e nos tira as condições para realiza-los e, se nos dá condições para realiza-los, nos tira o prazer de desfrutar.

Um paradoxo, se nos voltarmos para nós mesmos e buscarmos o sentido desse sistema que nos envolve completamente e, se pararmos e refletirmos e observamos que sempre existiu, se aparenta com a escravidão que se disfarçou e mudou suas vestes.

Pare e pense! Suas características estiveram no sistema feudal, no mercantilismo: domínios e imposições cerceiam a liberdade nos dando possiblidades de viajarmos para outras terras mas continuando presos ao mesmo sistema, nos dando comida mas tirando o prazer de degusta-la, nos dá um mar de informações e nos tira o tempo para assimilar e refletir sobre elas, consequentemente vivemos em função da classe dominadora, assim é o capitalismo.


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Alberto Gomes da Silva

quarta-feira, 1 de março de 2017

Como será?!

As novas perspectivas para os governos do Brasil e dos Estados Unidos afetam o pensamento dos povos desses dois países, no que diz respeito as expectativas destes em relação ao futuro e suas condições para uma vida melhor.

No Brasil, com um governo assumindo a presidência em um cenário de corrupção, um dos maiores da história, trás para o povo brasileiro insegurança e desconforto, em meio a um arrocho salarial, corte de investimentos na área pública, aumento de impostos, congelamento de concursos públicos e outras interferências do governo.

Nos Estados Unidos, com um resultado de uma eleição que era pouco provável, fruto de uma campanha eleitoral carregada de discriminação contra mulheres, negros e estrangeiros, divulgando uma política de separação e hegemonia do povo norte americano e que tende a diminuir as relações com outros países, geralmente menores economicamente, menos desenvolvidos, desconstrói um trabalho de uma política de inter-relacionamento que até então havia sido desenvolvida por governos anteriores, causa uma impressão de retorno no tempo, uma visão antiga com ar de soberania vivido em tempos de guerra fria por aquele país.

Difícil imaginarmos o que vem pela frente, mas é inquestionável o que os povos já vivenciaram, já evoluíram, novas experiências, novos comportamentos e uma nova educação já se implantou na cultura dos povos. A educação transforma e por mais que as velhas ideias voltem, elas serão vividas em um outro contexto, portanto, jamais viveremos a mesma coisa.

 

Alberto Gomes da Silva


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