sexta-feira, 31 de março de 2017

O ESTUDO DA POLÍTICA DA EDUCAÇÃO  PARA A PRÓPRIA EDUCAÇÃO



A proeminência relevante da Filosofia na dialética da pedagogia com as demais ciências que participam do contexto na análise da Política Educacional, vista como política pública social, fundamentando-se na afirmação de que todos somos filósofos e que, cada filosofo o faz em seu contexto, torna-se necessário mediante a percepção e o entendimento das medidas à serem adotadas nas Políticas Educacionais afim de que tenham características de âmbito social.
Evidenciando o contexto de influências, textos e práticas como dimensões que constituem, materializam e consolidam tais políticas, percebemos a necessidade da investigação clara e neutra - o que pode não ser considerado possível, tendo em vista a participação do sujeito investigador neste processo - para se identificar as condições, espaço, relações e o real meio em que se fundamentam a realização da política educacional. 
Os textos por sua vez, necessitam de clareza, objetivismo e especificidade a fim de se evitar brechas, lacunas para distorções de suas definições ou dupla interpretação que possa servir ou influenciar para uma implementação errônea, diferente das expectativas  reais para a qual foi desenvolvida, distorcendo assim seus verdadeiros objetivos.
A materialização de uma política educacional, que geradas dentro da esfera do Estado e geridas por seu governo e suas malhas burocráticas, vão se definir na prática, nos “braços” do gestor educacional como consolidador de tais políticas, transformando em resultados que retornam como indicadores da qualidade e eficiência de tais políticas, constituindo um processo dialético, juntamente com os diversos atores, para a manutenção, aperfeiçoamentos ou rompimentos com tais políticas, se consolidando numa conjuntura que se comunica nas esferas, política, econômica e social, com influências cientificas, jurídicas, culturais ou de cunho religioso, merecendo os ajustes necessários para adequação a essas diversas características sociais.



Alberto Gomes da Silva.

quinta-feira, 30 de março de 2017

A EDUCAÇÃO COMO POLÍTICA PÚBLICA DE CARÁTER SOCIAL



A Educação é um tema que sofre influências de inúmeros fatores e se materializa na sua relação com sujeito, pois faz parte da sua própria constituição, perpassa diversas esferas numa formação social, cultural e política para satisfazer as necessidades do sujeito e permitindo reflexões por diversos segmentos.
A Educação formal nos moldes atuais e que veio a se evidenciar nos séculos XVI, XVII, com o fim do feudalismo, com a Revolução Francesa e o alastrar do capitalismo impulsionado pela industrialização passou a necessitar de novos modelos para se adequar ao contexto social da época.
Tal complexidade se dá também pelo fato de o Estado passar a ser provedor da educação para a massa, más, ilusoriamente, considerando duas visões opostas, de um lado existe o interesse por parte do Estado em educar o povo, onde não podemos deixar de pensar no idealismo do benefício próprio da classe dominadora, que necessita de mão de obra mais qualificada para suprir suas necessidades nesse novo modelo econômico em que o mercado se instaura e diante da inflamada ascensão do modo de produção capitalista e seu perfil de acúmulo de capital, usando de um discurso, ilusoriamente social, de que seria o provedor da educação para o povo.
Nessa relação de poder e administração é que o Estado passa a prover a política educacional, originando desde então, acirrada luta em busca de conquistar espaço e se livrar das características de exploração por parte das classes dominantes e que ao longo do tempo, tal educação galga espaço para deixar de ser exclusividade dessa classe, onde por mais que sejam criadas as leis, sofrem as interpretações de modo a favorecer os interesses de uma classe burguesa que se alia e passa a ser o próprio Estado, se apoderando do poder, criando uma “teia de interesses”, em todos os níveis, buscando a manutenção e hegemonia da própria classe burguesa, se apoderando do governo e fazendo do Estado um instrumento de dominação.
O caráter social da educação passa a ser mera propaganda ou objeto de barganha do governo para minimizar conflitos, criando argumentos burocráticos para limitar ou deixar de acontecer e favorecer o mercado capitalista, que nos moldes que se encontra só interessa a classe burguesa. O caráter social da educação para a formação do sujeito como sujeito na sua relação com a sociedade e com o mundo, como “dono de seus atos”, consciente da história que há muito faz parte e consciente de que pode melhorar a sociedade para si, para o próximo e para seus descendentes, é a verdadeira educação de que todos da sociedade precisam, fugindo da dominação  e da alienação a que é subordinado, aprendendo só aquilo que querem que ele aprenda, condicionando o sujeito ao próprio interesse de formação de mão de obra e de gerador de lucros para sustentar a burguesia.

Cabe sempre uma nova reflexão onde podemos questionar: “será que os sujeitos que agora estão no governo administrando o Estado não receberam a educação nas suas melhores representações?”, “será que o capitalismo corrompe a essência do sujeito?”, “qual educação é a mais indicada para que se tenha de fato a educação como política pública e caráter social e na sua melhor qualidade?”, “que educação cabe em nosso contexto para a melhor formação do sujeito?”, são questões complexas que perpassam por pesquisas de clássicos educadores, pedagogistas e filósofos da educação e se apresentam com características específicas cada uma ao seu tempo.


Alberto Gomes da Silva.

quarta-feira, 15 de março de 2017

O SUJEITO



Este texto vem descrever um pouco dos pensamentos provocados a partir da aula dada em que se intitularam os questionamos: Quem é o sujeito? Para que sociedade? Que educação? Remete-nos a um planejamento necessário para esta educação, que é o papel principal da Pedagogia e isto a faz responsável por planejar e executar um projeto educativo, levando-se em conta os parâmetros, recursos existentes, probabilidades infinitas por se tratar de seres humanos e sociedade, com isso percebe-se também o tamanho da responsabilidade do pedagogo em uma formação intelectual, em uma educação ideal estabelecida como objetivo.
Com base no texto do Prefº. Paul Fauconnet, traduzido pelo Prefº. Lourenço Filho, nos foi repassado pela Prof.ª Ilzeni de Sociologia da Educação como material de leitura, percebe-se na filosofia de Émille Durkheim sobre como se dá o processo pedagógico na sociedade, mas que esse princípio parte do desenvolvimento do sujeito, como um trabalho íntimo e individual e o resultado refletido no seu contexto social, sem aprofundar muito esse contexto e voltando para o foco filosófico, vemos também que o espirito de disciplina, abnegação e o de autonomia fundamenta por ele a constituição moral do sujeito.
O pedagogo é um pensador das estratégias que podem ser usadas na administração dos conhecimentos adquiridos com seus estudos e sua formação acadêmica. Não desconsiderando o constante filosófico a que este está submetido quando pensador dos processos educativos presentes na sociedade, sim não de uma educação, mais das educações inúmeras, estudando e refletindo a todo instante, diante de todos os pequenos acontecimentos, comportamentos, informações, algo que foi dito ou algo que ocorreu no meio social em que vive ou para o qual proporcionará formação adequada do sujeito.
Contudo percebe-se o tamanho da responsabilidade do pedagogo no pensar e desenvolver as educações e consegue-se perceber e concluir que a base, referência, o alicerce para fundamentar o conhecimento está na constituição moral do indivíduo, e esta por sua vez amarrada desde o início dos tempos aos conceitos religiosos e suas crenças de verdade e amor que servem de base para o desenvolvimento da educação, do conhecimento, a descoberta das questões, "quem sou? De onde venho? Para onde vou? " Que se tornaram o motor de partida para todo o raciocínio elaborado e pensamentos que surgiram, com novos questionamentos, a cada necessidade que se faz para elaboração de novas educações e desenvolvimento dessas educações como as vistas na aula da Prof.ª Ildete: Quem é o sujeito? Para Que Sociedade? Que educação?  A professora mostra uma ideia de como se trabalha criando novos multiplicadores de multiplicadores de pensamentos e ideias que não são ensinadas, somente demonstradas como referências no raciocínio, mas, afirma que as educações são feitas a cada instante da vida, a cada momento pensado, naquele meio, naquela sociedade e com os recursos ali disponíveis para alcançar o mais próximo de cada objetivo.
Procurou-se iniciar-se neste segundo texto o embasamento cientifico, pois as ideas ainda muito soltas, e um espirito muito encantado com toda a nova vida acadêmica, buscando observar as técnicas pedagógicas utilizadas que levam a estudar o estudo, o processo de aprendizagem intima e a identificação clara que acontece com os autores dos materiais didáticos utilizados. Muito bom tudo isso.


Alberto Gomes da Silva.


TRAGÉDIA MATEMÁTICA



Nas folhas tantas de um livro matemático, um Quociente apaixonou-se loucamente por uma Incógnita.Ele, o Quociente, produto notável de uma importantíssima família de Polinômios e ela, uma simples Incógnita de uma mesquinha equação literal.Mas, como todos sabem, amor vai de mais infinito à menos infinito, amor não tem limites nem derivados.Foi numa maravilhosa noite de primeiro diédro de setembro que ele a encontrou, ela, numa secção circular no meio de inúmera inequações, punha-se em evidência com o seu vestido linha-trapézio, ele a olhou de vértice à base, de todos os ângulos possíveis e impossíveis, agudos e obtusos, uma figura ímpar, olhar rombóide, boca trapezóide e corpo ortogonal.- Quem és tu? Perguntou ele numa ânsia radical e, ela com uma expressão algébrica de quem ama, respondeu docemente:- Sou a raiz quadrada da soma dos catetos, mas pode me chamar de Hipotenusa. Fez de sua vida uma paralela à dela, até que se encontraram no infinito e se amaram ao quadrado da velocidade da luz, numa sexta potência, traçando ao sabor do momento e da paixão retas, curvas e linhas convencionais nos jardins da quinta dimensão.Ele a amava e, a recíproca era verdadeira e, por um teorema anterior concluiu-se que eles se adoravam numa proporção direta em todo o intervalo aberto da vida. Finalmente resolveram se casar, convidaram para padrinhos o Poliédro e Bissetriz e tiveram dois diametrozinho muito engraçadinhos.Depois de casados, quando se conheceram mais, descobriram que eram primos entre si, ela já havia sofrido quatro operações e algumas simplificações mas continuava bela e esbelta. Foi então que apareceu ele, o Máximo Divisor Comum e, ofereceu à ela uma grandeza absoluta e a reduziu a uma simples fração e a mais ordinária. Ele, o Quociente, consciente dessa regra de três, viu que não formava mais um todo e sim uma unidade, lançou de seu 45°aplicou a solução final.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Capitalismo

O Capitalismo é um indefinido meio em que vivemos e estamos fadados a esse sistema que nos draga constante e incessantemente em nosso dia a dia, que nos dá relógios más nos tira o tempo; dá sonhos e nos tira as condições para realiza-los e, se nos dá condições para realiza-los, nos tira o prazer de desfrutar.

Um paradoxo, se nos voltarmos para nós mesmos e buscarmos o sentido desse sistema que nos envolve completamente e, se pararmos e refletirmos e observamos que sempre existiu, se aparenta com a escravidão que se disfarçou e mudou suas vestes.

Pare e pense! Suas características estiveram no sistema feudal, no mercantilismo: domínios e imposições cerceiam a liberdade nos dando possiblidades de viajarmos para outras terras mas continuando presos ao mesmo sistema, nos dando comida mas tirando o prazer de degusta-la, nos dá um mar de informações e nos tira o tempo para assimilar e refletir sobre elas, consequentemente vivemos em função da classe dominadora, assim é o capitalismo.


--
Alberto Gomes da Silva

quarta-feira, 1 de março de 2017

Como será?!

As novas perspectivas para os governos do Brasil e dos Estados Unidos afetam o pensamento dos povos desses dois países, no que diz respeito as expectativas destes em relação ao futuro e suas condições para uma vida melhor.

No Brasil, com um governo assumindo a presidência em um cenário de corrupção, um dos maiores da história, trás para o povo brasileiro insegurança e desconforto, em meio a um arrocho salarial, corte de investimentos na área pública, aumento de impostos, congelamento de concursos públicos e outras interferências do governo.

Nos Estados Unidos, com um resultado de uma eleição que era pouco provável, fruto de uma campanha eleitoral carregada de discriminação contra mulheres, negros e estrangeiros, divulgando uma política de separação e hegemonia do povo norte americano e que tende a diminuir as relações com outros países, geralmente menores economicamente, menos desenvolvidos, desconstrói um trabalho de uma política de inter-relacionamento que até então havia sido desenvolvida por governos anteriores, causa uma impressão de retorno no tempo, uma visão antiga com ar de soberania vivido em tempos de guerra fria por aquele país.

Difícil imaginarmos o que vem pela frente, mas é inquestionável o que os povos já vivenciaram, já evoluíram, novas experiências, novos comportamentos e uma nova educação já se implantou na cultura dos povos. A educação transforma e por mais que as velhas ideias voltem, elas serão vividas em um outro contexto, portanto, jamais viveremos a mesma coisa.

 

Alberto Gomes da Silva


--