Compreender o
ser humano e suas razões sempre foi algo complexo e rico em mistérios, pelo
fato de pertencer a um viés tanto explicito quanto a um universo subjetivo de
cada sujeito, pra mim a unidade do ser humano é a sua intenção.
Muitas das
vezes tentamos entender os motivos desse ou daquele comportamento ou atitude,
muitos porquês que buscamos compreender e naturalmente tentamos saber desde as
nossas origens, de onde viemos e para onde vamos. Esses questionamentos que no
remota as origens da humanidade que temos ciência, desde o surgimento da
filosofia, perpassando o positivismo e inúmeras ciências que afloram o
conhecimento e nos enriquecendo tanto de soluções quanto originando novas
dúvidas numa dialética incessante, corroboram com a certeza de que só existirá
um fim desse dilema com o silenciar da mente. Imaginamos as diversas
probabilidades que poderiam contribuir para que os fatos ocorram de tal e qual
forma e consequências.
Por vezes
levamos em consideração um ou poucos fatores que possam ter contribuído para determinados
acontecimentos, porém, são infinitos os fatores, por menores que sejam, imagináveis
e incalculáveis para serem determinantes para os acontecimentos dos fatos. Para
a máquina mais complexa e perfeita do mundo, que é o corpo humano, percebemos nas
suas relações entre si, consigo no seu íntimo e com o meio em que vive, da
mesma forma as mais complexas composições que determinam e condicionam as
consequências das ações humanas. Ações que podem ser simplesmente ou comumente
a de pensar, pois do pensamento nascem as ações, atitudes que podem nem sempre
refletir perfeitamente nas ações planejadas porque dependem do meio e também de
outras ações que influenciam este meio.
Compreender ou
tentar entender toda essa complexidade depende da empatia imaginada dentro de
todo esse contexto psicológico para sentir o mínimo possível que se permita
viver no outro momento dentro de um novo contexto imaginado, de modo que
facilite a formação dessa vivência nem que por um curto período para
reafirmação dessa compreensão.
Encontrar recursos
para construir a imaginação reflexiva que permitirá entender o mínimo
necessário só será possível mediante uma vasta e ampla formação educacional,
dentro das ciências humanas e sociais que possibilite fundamentar a idealização
dessa vivência fictícia para formar o pensamento mais próximo do que possa ser
chamado de verdade dos fatos.
Uma formação
educacional ampla, vasta, rica em todos os seus aspectos, filosóficos, sociais,
políticos, antropológicos, culturais, ideológicos, nos vieses religiosos,
artísticos ou de cunho lógico e científico, permitirá a imaginação mais consistente
para a formação e construção dos fatores necessários a definição do sujeito e
suas ações. Definir não no sentido de ser a verdade, más diante da necessidade
da compreensão, para que se possa conhecer o mais próximo daquilo que pode ser
deduzido, considerando que muitas das vezes nem o próprio sujeito consegue se
definir, e noutras, outro sujeito pode deduzir com mais clareza e perceber as
ações e reações de alguém, deixando de lado um pouco de si e se vestindo do
comportamento e sentimentos do outro.
A educação mais
completa do sujeito lhes permitirá ver com olhos diversificados, visões de
ângulos diferentes diversos aspectos e probabilidades,
mesmo que com tantas variáveis nunca alcançando aquilo que é subjetivo do
próprio sujeito, informações que lhes foram fundamentais para a formação de sua
ideologia, comportamento e características, modo de tomar suas decisões juntamente com a
base de princípios que formou para isso.
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