Claramente
percebo que a Filosofia é a base para nos percebemos como sujeitos, não só na
sociedade que participamos como também, fazer significado de ser pensante por
toda a nossa existência.
Nesta etapa do
curso identifico mais claramente os laços que nos prendem ao sistema regulador
e manipulador da sociedade, as mordaças da ignorância, as ideologias traçadas
estrategicamente para influenciarem o pensamento humano, as facetas do Estado
como responsável por dá trilhos à sociedade administrada por um colegiado
político de mau caráter capitalista.
Neste interim
acadêmico, abraçado por uma ideologia que me induz a responsabilidade de
educador no meu espaço de vivência, me pesam a responsabilidade de poder me
mover a fim de minimizar os estragos nos pensamentos e modo de vida que até
então percebemos em nosso meio, mas essa linhas também carregam além do
desabafo um pouco de desencargo de consciência, vendo as rédeas da classe
política açoitarem toda a sociedade e suas carências, alojadas no palácio do
Estado, e este por sua vez, se apresenta como uma sala de espelhos que “hora me
mostra uma imagem de mim e hora outra”, dependendo de onde eu me encontre.
Isto significa
que, dependendo do estado social do cidadão, o Estado sem perder a sua
hegemonia, se deforma, no sentido de se remodelar, tomar novas aparências,
dependendo da sociedade ou da situação social para o qual deve se apresentar.
O viés da
Educação dentro desta conjuntura do Estado é apenas um dos órgãos que busca se
desprender das amarras tendenciosas do mau capitalismo implantado e assegurado
pelo tribunal político que delibera o comportamento e rumos da sociedade. E
como vemos, representa hoje a classe burguesa com todas as regalias de que
usufrui.
Ao se quebrarem
todos os espelhos que distorce a visão da sociedade sobre si mesma, sobra uma
redoma muito maior que é o estado, de paredes fluidas, que deixa transpassar
por elas aqueles que a ele, o Estado interessa, como uma arapuca armada com
isca de capital, tristes perspectivas de muitos ou sonhos de conquistas que
atraem, sem dúvida, grande parte da sociedade de estudo mais consolidado.
Compreender a
sociedade, o Estado, as ideologias a quais estamos submetidos e tentar imaginar
os rumos que a sociedade toma e suas consequências é quase impossível, tendo em
vista as infinitas variáveis que têm de ser levadas em conta e, pensar a
conquista da Educação no meio social, precisamos considerar em primeiro lugar,
as tomadas de decisões políticas, influenciadas indubitavelmente pelo capital,
seja de interesse individual ou grupos de articuladores que buscam tirar todo o
proveito em todas as situações, deixando as sobras, somente as sobras para
aqueles que deveriam ser privilegiados, atendidos naquilo que de “direito” já é
seu.
Como o Estado e
sua conjuntura social se apresenta, é fruto de séculos de estruturação baseada
no princípio de extorsão da sociedade e principalmente das classes menos
favorecidas. Ultrapassar esta barreira e quebrar essa parede construída há
muito tempo necessita de estratégias eficientes e discretas para não despertar
a atenção daqueles que utilizam da máquina estatal para dela fazer seu
“castelo”. A sociedade sobrevive de
contrapontos das estratégias políticas do Estado, pois nem todas são perfeitas e
de alguma forma, em alguns pontos terminam por favorecerem os menos abastardo.
Um conjunto de certames
imbricados como a sociedade, a política e o capital, formando a conjuntura do
Estado, cada um com a sua dinâmica, se remodelam de acordo com as oportunidades
e as diversidades, em determinados momentos se alinham e em outros se divergem,
mas há de se levar em conta o sujeito que é a base em toda essa estrutura, que
toma as decisões aparentemente de forma coletiva, mas que tem como unidade
fundamental e princípio de suas decisões a sua intenção e com isso, pensemos na
intenção de cada um.
Partindo do
princípio da intenção como unidade do sujeito, o que fazem as estratégias se
reformularem são esses quereres individuais ou coletivos, que, quando tomados
em conjunto pensam estrategicamente a intenção dos outros, um jogo de
pensamento que também procura obter o máximo de vantagens em suas decisões.
As decisões uma
vez tomadas, favorecem mais ou menos a si que ao demais, porém são feitas
mediante negociatas e promessas de que em outras decisões favoreçam mais. A
política parte do individual, atravessa o coletivo e se impregna no aparelho do
Estado, este por sua vez, já é fruto de um antigo sistema que instaurou e
perdura. Nesta simbiose, os favorecimentos não pode ser menor para aquele que
há muito mais tempo resiste e abraça aquele que chegam, o Estado é que deve ser
mais favorecido,