quinta-feira, 21 de setembro de 2017

GARANHANI


FICHAMENTO DE CITAÇÃO
Do texto: , Marynelma Camargo. A docência na educação infantil.
“Todavia, em casa campo e contexto, a consciências da mutabilidade, historicidade e relatividade dos conceitos, papéis e funções sociais e profissionais não impede – antes exige – que, no tempo e no contexto em que se vive, sejamos capazes de a ler com clareza possível à luz do conhecimento e dos referentes disponíveis”.  (Página 186)

“Há, portanto, uma indivisibilidade de saberes e práticas que acabam por colaborar com a ideia ainda vigente no senso comum de que, por serem saberes e práticas naturais da mulher, são caracterizados como complementares, de ajuda ou acessórios; o que contribui para a sua desvalorização” (Página 188)

“[...] é possível conceituar o saber docente como o conjunto de saberes que o professor possui não só no que diz respeito aos conhecimentos produzidos que ele transmite, mas também, ao conjunto de saberes que integram sua prática e com os quais ele estabelece diferentes relações” (Página 189)
“[...] nas crenças predominariam a elaboração mais ou menos fantasistas e a falta de confrontação com a realidade empírica. No conhecimento mais elaborado de natureza prática predominariam os aspectos experienciais. No conhecimento de natureza teórica predominaria a argumentação racional”. (Página 191)
“Trata-se, dessa vez, porém, de dominar uma relação e, não, uma atividade: a relação consigo próprio, a relação com os outros; a reação consigo próprio através da relação com os outros e reciprocamente. Aprender é tornar-se capaz de regular essa relação”. (Página 192)


“Considerar o professor como um analista simbólico significa encará-lo como um solucionador de problemas, em contexto marcados pela complexidade e pela incerteza, e não como alguém capaz de dar as respostas certas a situações previsíveis. Os analistas simbólicos são especialistas na identificação”. (Página 193)
“O professor exerce uma atividade profissional, marcada pela relação face a face quase permanente com o aluno. A natureza da sua atividade se define tanto por aquilo que ele sabe como por aquilo que ele é”. (Página 193)
"Ser professora da educação infantil, como profissional da relação, é entender que toda a criança tem um corpo e uma história que se relaciona com o seu corpo e com a sua história pessoal”. (Página 194)
“Mais do que um reprodutor de práticas, o professor é um inventor de práticas, reconfigurando as de acordo com as especificidades dos contextos em que atua e das pessoas com as quais interage. ” (Página 194)
“Ao aprender o como um processo de hominização, não se pode compreendê-lo como o resultado de um processo cumulativo de informação, mas sim um processo de seleção, organização e interpretação da informação a que cada um estar exposto. O professor é mais do que transmissor de informações, ou seja,  o professor é um construtor de sentido.” (Página 194)
“A diversidade de tarefas vai desde o cuidado da criança – bem-estar, higiene, segurança – à educação entendida como socialização, desenvolvimento, aprendizagem e apropriação de diferentes linguagens por meio de atividades lúdicas e expressivas. ” (Página 194)

“Penso que a professora que atua com criança pequena é uma profissional especial e poderá ser excelente profissional se for capaz de ter atitude de investigadora e se questionar constantemente. ‘A capacidade de um professor de construir a sua prática ou de a modificar reside na sua capacidade para a analisar’. Então, esse perfil poderá ser possível se a formação docente contemplar o desenvolvimento de atitudes de investigação. As atitudes de investigação são atitudes que mobilizam a vontade de sempre conhecer e analisar, um desejo constante de questionar, uma disposição pessoal para elaborar e a disponibilidade em socializar os não saberes e as práticas bem-sucedidas. ” (Página 196)

POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA



          É evidente a necessidade da formação do educador para descontruir muito do que o senso comum tem, ao longo dos tempos, cultivado como discriminatório o relacionamento da sociedade em relação às pessoas com deficiências “mais evidentes”, sim, “mais evidentes”, porque a partir do momento que nós mesmos concluímos que ninguém é perfeito, consequentemente podemos também afirmar, todos nós temos alguma deficiência, porém, são discriminadas aquelas que são evidenciadas na sociedade, triste.
        Inicio desta forma crítica apenas para chamar a atenção da importância do aprofundamento dos estudos à cerca das práticas discriminatórias e de exclusão, principalmente em nosso campo de formação que são as escolas, que deve atender a todos e está diretamente envolvida no processo educativo de todos.

        Nesta perspectiva, podemos contemplar no texto iniciativas por parte do poder público, onde o Ministério da Educação / Secretaria de Educação Especial apresenta a Política Nacional de Educação Especial numa visão de uma Educação Inclusiva e menos discriminatória, que possa despertar e tornar mais ativa a visão de equidade da sociedade. Apresenta seus marcos e diagnósticos históricos e busca sistematizar e assegurar legalmente o direito de todos, porém não é uma receita de comportamento, daí a necessidade da apropriação de todos da conscientização para que isso se reflita na reconstrução de uma nova cultura de comportamento.