segunda-feira, 31 de julho de 2017

POLÍTICA, A ALMA DO ESTADO

 Em um momento político tão “vergonhoso” onde estão aqueles que conclamaram a justiça com seus argumentos tão estudados, cheios de justificativas legais e que se anunciavam como um clamor pela justiça, anunciavam o fim para um período negro de corrupção, se apresentavam em discursos que pareciam anunciar novos tempos, cheios de espírito de justiça para com o povo, emocionados discursavam para a massa, “fora Dilma”, “pedaladas é crime”, onde estão aqueles intelectuais juristas do direito que parecem usar sua alma para defender a justiça, sumiram todos, os larápios estão às claras, tudo de mais baixo e orrendo visto por todos. Onde estão? Não veem mais nada? Os discursos cessaram, o fôlego se foi, o espírito de justiça calou-se, porque? O roubo está explícito, tudo às claras, mais os discursos já se distorcem, as interpretações daquilo que é visto querem amenizar o peso na consciência do autor e da massa, fazê-la calar, criar um senso comum que perdoa, se fazerem de desentendidos e, quem sabe esquecerem de tudo.
E a justiça, o que é? Interpreta perdoa e condena de acordo como ruma o comportamento da sociedade, como reagem aos acontecimentos, como vão se acomodando com os fatos, um passo de cada vez ai, vão tornando ao poder aquela classe, como muitos anos atrás, como já ditos por grandes autores na história que a esquerda só fica no poder enquanto eles querem, eles, as burguesias, as diversas classes que rodeiam o Estado como urubus na carniça, deles se privilegiam, usurpam e tiram todo o proveito, não criam um Estado para si pois este os suprem, e mesmo sendo explorado se mantem estruturado com sua ossatura própria, ora é o sujeito, ora é o objeto e por vezes apenas um apêndice nessa relação de uso e de exploração em benefício próprio. É forte e se mantem de pé, o Estado é assim porque é formado pela maior força que é o povo, a massa, mais também a maior vítima do próprio Estado.
A relação Estado e povo tem uma alma, a política, que tem diversas faces, representando a face de todos aqueles que dela participam, em especial da massa, do povo com suas diversas culturas. Nessa política se alojam todas as estratégias das relações entre o povo e próprio Estado guiados por uma epidemia que surgiu e nunca mais desaparecerá, o capital, que influencia a cultura, as ideias, as relações, a justiça, as classes, as leis, as relações, as decisões e que muitas das vezes está acima dos valores do próprio povo que o gera, esse mesmo capital que às vezes coloca o Estado como um apêndice em meio a toda essa relação.
A política que rege toda essa relação é reflexo das cabeças de cada um que constitui a massa, das famílias, dos grupos, das sociedades, das classes que lutam e lutam e muitos não sabem nem o objetivo dessa luta. A política que é reflexo da alma de cada um se reflete como a alma do Estado.